
Era uma casinha de madeira com um trono igualmente de madeira, que não tinha tampa. Era só um círculo aberto na madeira e não tinha descarga também. Ia tudo para um buraco bem fundo. As crianças eram proibidas de entrar lá. Lembro-me que a garotada não via a hora de chegar a idade que já a permitisse usar o banheiro como gente grande.
Viver no Acre, na minha infância, foi uma grande aventura. Vivíamos ao lado do perigo todo o tempo. Um dia meu irmão João sumiu e ninguém conseguia achá-lo. Até que alguém resolveu abrir a porta de um banheiro já desativado, porque a madeira apodrecera, e lá estava Joãozinho todo sorridente, pensando que era gente grande, sentadinho no trono que balançava para lá e para cá. Tirá-lo dali foi um drama, pois qualquer movimento mais ousado com certeza faria o banheiro desmontar e lá se ia Joãozinho trono a baixo. Depois do susto, que ele foi o único que não passou, levou umas boas palmadas.
Olá, Ligia, tudo bem? Espero que sim!
ResponderExcluirAdorei essa história! Adoro o Acre e só agora soube que vc é acreana!
Ligia, vc estava na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, dia 28 de julho, no lançamento do livro do sr. Luiz Felipe Lampreia?
Um forte abraço,
Ana.